O propósito desse breve e poderoso monógrafo não é apresentar uma defesa exegética do pós-milenismo. Isso pode ser encontrado em inúmeros outros livros, os quais, com a bênção de Deus, haverão de circular. Antes, Rushdoony, grande apologeta e teólogo reformado, expõe o significado de uma escatologia para a vida real, bem como o efeito desta sobre o caminhar cristão e sobre o mundo como um todo.
Para aqueles que estão hesitantes em sequer continuar a leitura, citamos Martin G. Selbrede, em seu excelente texto "O Impacto de Rushdoony sobre a Escatologia", ao falar especificamente sobre tal monógrafo:
Uma leitura superficial poderia levar o principiante a crer que é uma peça de rajada teológica. Uma leitura cuidadosa revela que Rushdoony preparou uma dinamite cultural numa forma altamente compacta. Ele chega perto de ser um livro "para aqueles que têm ouvidos, ouçam". Os que estão casados em primeiro lugar com uma escatologia, e com a ética bíblica em segundo lugar, deixarão o livro de lado. Aqueles que percebem que Deus nos julga por nossos atos, e não por nossas orientações teológicas, continuarão para encontrar alimento para a mente ali, sejam eles amilenistas, dispensacionalistas ou indecisos. Homens que dirigem suas vidas, não pelo que sentem que a Escritura prediz, mas pelo que sabem que a Escritura ordena, colocarão Rushdoony ao seu lado. É apropriado que suas críticas estejam necessariamente dirigidas à maioria, mas não àqueles que são fiéis à Palavra de Deus.
Este livro defende abertamente o pós-milenismo. Concordamos com Selbrede, quando disse que "Rushdoony não tornou o pós-milenismo apenas respeitável. Ele o tornou formidável!" Que belo começo termos R. J. Rushdoony como o primeiro "pregador brasileiro"!
Felipe Sabino de Araújo Neto