A Bíblia de Jerusalém apresenta um texto amplamente revisado, com diversas novas opções de tradução. Alguns livros, como Miquéias e Eclesiástico, passaram por remodelações substanciais.
No Antigo Testamento, nota-se um retorno significativo ao texto hebraico, em detrimento de versões anteriormente preferidas. Já no Novo Testamento, certos trechos foram totalmente retraduzidos, é o caso de Filipenses 2,6-11, por exemplo.
Essas novas escolhas tradutórias implicaram também mudanças nas notas explicativas: muitas foram modificadas, ampliadas ou substituídas, resultando num volume de notas consideravelmente maior. Percebe-se, assim, a incorporação de pesquisas e estudos realizados após a edição francesa de 1973.
As introduções dos livros bíblicos também foram reformuladas, refletindo novas perspectivas teológicas e exegéticas, algo particularmente evidente na abordagem da formação do Pentateuco.
O Evangelho de João, por exemplo, evidencia uma mudança hermenêutica profunda, perceptível tanto na introdução quanto nas notas. Além disso, diversos livros e blocos literários receberam novas introduções, completamente distintas das versões anteriores.